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O João trabalhava naquela empresa há muitos anos. Cumpria com aquilo que lhe pediam mas há uns tempos que andava a sentir-se injustiçado porque, apesar de ser dedicado, o colega Fernando, que estava há bem menos tempo na empresa, estava a ganhar mais do que ele.

Um dia achou que era o momento de mostrar essa insatisfação ao chefe e partilhou com ele essa observação. O chefe não deu muita importância e disse-lhe que podiam falar nisso mais tarde mas que agora precisava mesmo da ajuda dele com uma situação que queria resolver rapidamente.

Disse-lhe que nesse dia tinha uma vista de um grupo de 25 pessoas de uma empresa parceira e queria nesse evento servir fruta. Tinha pensado em maçãs e alguns bolos. Só pensou nisso nesse dia e não encomendou. Pediu ao João para ir à mercearia ao pé da empresa ver se tinham maças e bolos.

O João lá foi e voltou ao fim de 10 minutos e informou o chefe que tinham maçãs e bolos.

“E quanto custam?” perguntou o chefe.

“Isso não perguntei.” respondeu o João.

“E têm quantidade para hoje?” perguntou o chefe.

“Não sei.” respondeu o João.

O chefe ligou então para o Fernando e pediu-lhe a mesma coisa. O Fernando voltou ao fim de 15 minutos e disse “Têm para entregar hoje. Têm também outras frutas como bananas, pêras e uvas. Está aqui a lista de preços. Como era uma quantidade grande eles fizeram um desconto de 10%. Deixei reservadas as maças e os bolos mas podemos optar pelas outras coisas.”

Depois do Fernando sair o chefe perguntou ao João, “Conte-me lá então melhor o que é que se passa consigo” mas o João decidiu que já não era necessário.

Há uma diferença entre cumprirmos a tarefa e resolvermos o problema. Todos nós temos situações em que o que queremos dizer é “fiz o que me pediram” (fui à loja saber se tinham maças, enviei o email, fiz o telefonema) mas não estamos focados ou não temos energia/motivação para resolver realmente o problema (ter as frutas e os bolos disponíveis ou resolver a situação que requer enviar o email ou fazer o telefonema).

Podermos dizer “eu enviei o email mas a pessoa não deu resposta” não serve de nada se o resultado pretendido com esse email não se concretiza.

Estamos por vezes tão focados em “despachar” a tarefa que nos esquecemos da necessidade à qual estamos a responder. A missão de todos nós é resolver problemas e criar valor…não é enviar emails, fazer telefonemas, ou outras tarefas para podermos dizer “Eu fiz o que me pediram”.

Desperdiçamos tempo e energia e isso é, cada vez mais, muito pouco “ecológico”.

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AO COMANDO DA OBJETIVO LUA

Ana Relvas, Ph.D & Consultora de Desempenho

Ana Relvas é a propulsora da Objetivo Lua, projeto que cresceu da sua vontade em ajudar outros a concretizarem o seu potencial e foi construído sobre uma carreira de mais de 10 anos como Gestora e Engenheira Aeroespacial.

É esta experiência que, aliada à formação como Coach e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, permite entender os desafios profissionais atuais e desenhar programa para cada pessoa, equipa ou empresa.

 

 

 

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