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Excelente comida, serviço “profissional”

Nestas férias fui a um restaurante que me aconselharam pela qualidade da comida. A comida era excelente e a atitude dos empregados inspirou-me … a escrever um artigo sobre o que NÃO fazer.

Desde que entrei a atitude dos empregados foi correta: indicaram-me a mesa, alertaram-me para as mesas mais expostas ao ar condicionado, explicaram o menu. Fizeram-no sempre com um ar sério, muito direitos, sem mostrar um sorriso. Ao escrever este texto quase que escrevi profissional e aqui está o problema.

Sério não significa profissional

Sério, sisudo não significa profissional. Talvez esta ideia venha de expressões parvas como “muito riso, pouco siso”, “não lhes posso mostrar os dentes”.

Em particular em ambiente profissional, ainda há muita gente (em particular em Portugal) que acredita que mostrar uma fisionomia séria e uma atitude demasiado formal cria uma imagem de profissionalismo e confiança.

Ser sério não é ser profissional. Ser sério é ser mal disposto, antipático e de pouca confiança(!).

Sorrir ou não sorrir

Não sorrir torna-nos menos acessíveis, cria menos empatia e dificulta a comunicação. Tudo isto são características indesejáveis para quem precisa de interagir e convencer outros. E todos precisamos.

Além disso, sorrir reduz os níveis de stress, ansiedade e faz-nos sentir mais felizes. Sim, sorrir traz-nos tudo isto, sejam sorrisos genuínos ou forçados (dica para aqueles dias em que tudo lhe corre mal: sorria mesmo que não tenha vontade já que isso vai ajudá-lo a sentir-se melhor).

Sorrir faz-nos parecer mais bonitos e jovens.

Sorrir é contagioso.

Sorrir torna-nos melhores líderes.

Sorrir muito ou pouco?

Tão importante como sorrir é termos consciência do impacto do sorriso no outro.

É uma pessoa sorridente e extrovertida a comunicar com pessoas reservadas?

Repare que pessoas mais extrovertidas, expressivas e sorridentes podem parecer excessivas e causar desconforto em pessoas mais reservadas (e daí a ideia de alguns que sorrir significa ser pouco credível).

Nestas situações, se quer criar empatia com a pessoa mais reservada, experimente ser mais discreto na sua boa disposição (mas mantendo-a e ao sorriso!) e reduzir o ritmo da sua comunicação.

É uma pessoa reservada que comunica com pessoas extrovertidas e sempre sorridentes?

Pessoas mais reservadas sorriem com menos frequência ou com sorrisos mais discretos. Isso não significa que não esteja a gostar da conversa ou que não esteja entusiasmado. Significa só que é assim que faz esses estados. Repare que se está a comunicar com pessoas extrovertidas e sorridentes, poderá ser interpretado como carrancudo ou que tem pouco interesse na conversa.

Nestas situações, se quer criar empatia com a pessoa mais extrovertida, faça um esforço consciente por sorrir mais e aumentar o ritmo da sua comunicação.

O truque: observar o comportamento do outro e aproximar-se desse nível de “energia” sem perder a sua autenticidade.

Sabe o que é o fenómeno do amortecimento do sorriso?

Lembro-me de na Física estudar o fenómeno do amortecimento que descreve o modo como a energia de um sistema em oscilação é dissipada e que leva ao repouso esse sistema (por exemplo se colocarmos um peso numa mola ela vai oscilar até parar). Podemos calcular o tempo que o sistema leva a parar.

Quando vejo uma pessoa a sorrir e esse sorriso desaparece rapidamente lembro-me sempre deste fenómeno.

Um dos empregados do restaurante de que falei há pouco fazia-o. Fazia um sorriso forçado que desaparecia logo. Já vi isto muitas vezes. Pessoas que “sabem” que têm que sorrir mas assim que perdem o contacto ocular ou viram as costas, retornam à fisionomia sisuda como um robot mostrando que o sorriso e o interesse não era genuíno.

Talvez algumas vezes precisemos de forçar o sorriso mas tenha cuidado com o tempo de amortecimento do seu sorriso pois se for muito rápido vai parecer falso. Qual é o tempo adequado? Não sei…mas não é com certeza uma coisa instantânea…

Voltando ao restaurante: a memória mais forte que me ficou não foi a comida mas sim a experiência. O produto era de qualidade mas o que fez toda a diferença foram as pessoas e no fim, isso é que conta.

“As pessoas vão esquecer o que você disse,

As pessoas vão esquecer o que você fez

mas nunca se vão esquecer como as fez sentir.”

Maya Angelou

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AO COMANDO DA OBJETIVO LUA

Ana Relvas, Ph.D & Consultora de Desempenho

Ana Relvas é a propulsora da Objetivo Lua, projeto que cresceu da sua vontade em ajudar outros a concretizarem o seu potencial e foi construído sobre uma carreira de mais de 10 anos como Gestora e Engenheira Aeroespacial.

É esta experiência que, aliada à formação como Coach e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, permite entender os desafios profissionais atuais e desenhar programa para cada pessoa, equipa ou empresa.

 

 

 

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