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Há vidas de felicidade que começam à sexta à noite e entram hibernação de segunda até à próxima sexta. Há vidas de felicidade que até acabam logo no domingo porque começam a pensar que no dia seguinte é segunda-feira. Há vidas de felicidade que começam algures em agosto e voltam à hibernação umas semanas depois. São as vidas de (cerca de) 30% de felicidade.

Ouço pouca gente entusiasmada com a segunda-feira ou voltar de férias. Aliás, diria que são até mal vistos pela sociedade. É esperado pela maioria que não se goste de trabalhar. E quem se atrever a dizer o contrário corre o risco de ser etiquetado como um lambe botas…

Ouço cada vez mais gente insatisfeita com o trabalho: é o excesso de trabalho, a pouca remuneração, a falta de recursos, a falta de reconhecimento, o excesso de maus chefes. Cada vez mais gente se arrasta, dia após dia, semana após semana, num trabalho que não gosta.

Não defendo, embora acredite que possa ser uma opção viável, que todos os insatisfeitos devam mudar de trabalho e até tornarem-se empreendedores (palavra na moda usada por muitos políticos que não sabem bem do que falam).

Mas às vezes pergunto-me: será tudo assim tão mau ou estão cada vez mais focados nisso? A qualidade da nossa experiência não é tanto o fruto do que nos rodeia mas daquilo em que pousamos a nossa atenção. Já etiquetámos a experiência do trabalho como “horrível”, “maçadora”, “difícil”, “complicada”, “sem sentido” e não conseguimos encontrar algo que nos entusiasme (e esqueça a ideia de que alguém o tem que motivar porque a motivação é essencialmente intrínseca).

Soube de uma experiência em que se pedia a dois grupos de pessoas que fizessem um puzzle. A um desses grupos deram dinheiro. No fim avaliaram o grau de prazer associado à tarefa. O grupo que tinha recebido dinheiro reportou menos satisfação. Uma possível conclusão é que estes ao serem remunerados para realizarem a tarefa associaram-na a trabalho enquanto os outros associaram-na a um divertimento. É curioso que a tarefa era a mesma. Só o grau de satisfação se alterou porque talvez o foco fosse diferente.

Há quem diga que somos felizes a fazer algo que gostamos. Há quem diga que gostamos de fazer algo quando somos bons a fazê-lo. Há quem invista uma vida à procura do que gosta. Há quem invista uma vida em tornar-se bom no que faz. São estratégias.

A nossa sensação de felicidade está muito ligada à nossa perceção da capacidade de controlar o que nos rodeia e os nossos resultados. Se quiser mudar o foco da sua atenção e transformar-se para uma vida em que todos os dias merecem ser vividos, pergunte-se:

  • O que é que controla no seu trabalho? No limite controla a sua reação ao que acontece.
  • Em que áreas está satisfeito com o seu desempenho? Em que áreas pode melhorar e o que está disposto a fazer para isso?
  • O que gosta mais do seu trabalho?
  • Quem são as pessoas com quem gosta mais de trabalhar?
  • Em que ocasiões se diverte no seu trabalho?
  • O que é que faz que contribui para um resultado ou missão maior?
  • Se não tivesse esse trabalho, do que iria sentir mais falta?
  • O que gostaria de mudar? O que pode fazer para que isso aconteça?

Bom trabalho!

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AO COMANDO DA OBJETIVO LUA

Ana Relvas, Ph.D & Consultora de Desempenho

Ana Relvas é a propulsora da Objetivo Lua, projeto que cresceu da sua vontade em ajudar outros a concretizarem o seu potencial e foi construído sobre uma carreira de mais de 10 anos como Gestora e Engenheira Aeroespacial.

É esta experiência que, aliada à formação como Coach e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, permite entender os desafios profissionais atuais e desenhar programa para cada pessoa, equipa ou empresa.

 

 

 

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