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Tendencialmente acho muito mais interessantes as perguntas “como” do que “porquê”. “Porque não tenho tempo?” ou “Como posso ter tempo?” sendo que a primeira ajuda a trazer respostas para a segunda mas por si só não muda nada.

Mas hoje vou deixar aqui algumas ideias sobre o “porque não tenho tempo” na expetativa que o leve a refletir um pouco sobre o “como posso ter tempo?”. Não é uma análise exaustiva mas algumas das coisas que tenho observado que, com mais frequência, acontecem na vida dos meus clientes.

Comecemos pelo princípio. Todos temos tempo. Todos temos 24 horas, 1440 minutos e 86400 segundos em cada dia. O que sentimos é que não é suficiente. Sim, eu sei que isto é um enquadramento (aparentemente) palerma mas talvez nos ajude a perceber que o segredo não esteja em termos mais tempo (o que é uma impossibilidade física) mas em o usarmos de outro modo.

Mais “coisas” para fazer do que tempo para as fazer

Esta é uma das causas de não ter tempo. É termos realmente mais coisas para fazer do que o tempo disponível. Parece-me que isto é principalmente um reflexo dos tempos em que vivemos:

  • Falta de recursos humanos (por falta de planeamento ou propositadamente) para dar resposta ao trabalho necessário.
  • Expetativa de todos que as respostas sejam imediatas.
  • Incapacidade individual de avaliar o trabalho a fazer e o tempo disponível bem como ser capaz de dizer “não” e gerir prioridades e expetativas com outras pessoas.
  • Falta de foco e eficácia: estaremos a fazer as coisas certas para os resultados pretendidos? Podemos focar-nos no que traz valor?
  • Expetativas pessoais do que deveríamos conseguir fazer profissionalmente e pessoalmente.

É curioso que muitas vezes nos esquecemos que o tempo é uma grandeza física como o espaço. Ninguém pensaria em fazer esticar uma caixa para meter lá mais coisas dentro…mas fazemos isso com o tempo.

Somos pouco eficientes a fazer as “coisas”

Outra causa é não usarmos o tempo da melhor maneira. Demoramos mais tempo do que seria necessário. Aqui existem também várias causas:

  • Sermos interrompidos e distrairmo-nos. Por exemplo, realizar tarefas que requerem concentração em modo multitasking (ou seja, a ver ao mesmo tempo o email e outras notificações e a ser interrompido) demora cerca de mais 30% do tempo a realizar a tarefa) e depois não percebemos para onde vai o tempo!
  • Somos bombardeados com informação e alertas permanentes que nos viciam em dar resposta e consomem atenção.
  • Estamos cansados e desconcentrados.
  • Estamos em piloto automático e não fazemos escolhas de como usar o tempo de um modo consciente. Reagimos ao que aparece e não pensamos no que é mais importante.
  • Não estamos treinados a repensar o como fazemos as coisas e por vezes complicamos a nossa vida e o nosso trabalho.
  • Dependemos de outros com o mesmo problema.

É estranho vários especialistas reconhecerem de que de uma certa maneira, apesar do progresso, não vivemos melhor do que as gerações anteriores. O stress e a falta de tempo estão generalizados e a qualidade de vida de muitos é limitada apesar de terem boas condições de vida.

Como ter mais tempo?

Deixo-lhe a sugestão de aceder a um estado de curiosidade e identificar as causas pelas quais “não tem tempo”. Depois disso, identifique planos de ação para minimizar essas causas.

E aceite…que não vai conseguir acabar com elas mas se melhorar algumas dimensões vai com certeza ver resultados.

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AO COMANDO DA OBJETIVO LUA

Ana Relvas, Ph.D & Consultora de Desempenho

Ana Relvas é a propulsora da Objetivo Lua, projeto que cresceu da sua vontade em ajudar outros a concretizarem o seu potencial e foi construído sobre uma carreira de mais de 10 anos como Gestora e Engenheira Aeroespacial.

É esta experiência que, aliada à formação como Coach e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, permite entender os desafios profissionais atuais e desenhar programa para cada pessoa, equipa ou empresa.

 

 

 

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