Acho o CV Europass horrível. Tem demasiada informação (e alguma irrelevante) e impede os candidatos de se distinguirem e por isso aconselho o uso de outro formato.
No entanto, se uma empresa pede explicitamente o CV neste formato aconselho a que se siga essa instrução. E sei que esta opção, para alguns, é controversa pois ser criativo e disruptivo está na moda.
Mas eu venho de uma área em que ser rigoroso é essencial. Pequenos detalhes, erros sem importância fazem perder vidas e milhões de euros/dólares.
Imagino um cenário: eu estou a recrutar alguém para a minha equipa e minha empresa pede o CV Europass porque é política da empresa. Alguém concorre enviando um CV noutro modelo.
Eu ficava a pensar: será que esta pessoa não se deu ao trabalho de ler os requisitos da posição ou, até leu, mas enviou o CV que já tinha feito para não ter trabalho?
Será que é disruptivo e criativo ou desleixado e pouco rigoroso? Ficaria na dúvida. E outros também podem ficar.
E talvez este fosse um critério de seleção pois como há concorrência provavelmente não daria oportunidade a essa pessoa de provar o contrário numa entrevista.
Talvez às vezes tenha mau feitio. É um bug (ou feature) de formação.
Mais do que não seguir regras porque é “cool”, prefiro pessoas que usem a criatividade e a disrupção para resolver problemas realmente importantes.
Por isso, sugiro uma solução mista quando uma empresa pede explicitamente o CV neste formato: usar o formato gráfico do modelo, mas inovar no conteúdo por exemplo removendo alguns pontos, reorganizando a informação. E usar também outras estratégias para se distinguir que não passam pelo CV.
Assim o candidato passa a mensagem de “Eu vejo-vos (estou atento aos detalhes que são importante para vós) mas quero que me vejam também”.
Nunca sabemos as necessidades que estão do outro lado e os preconceitos de quem vai selecionar o CV para uma entrevista. E no fundo é isso que o candidato quer: ser chamados para a entrevista e aí distinguir-se.
Encontra boas ideias no podcast Casa Trabalho Casa sobre como fazer um CV para se distinguir ou lidar com o processo de recrutamento.
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AO COMANDO DA OBJETIVO LUA
Ana Relvas, Ph.D & Consultora de Desempenho
Ana Relvas é a propulsora da Objetivo Lua, projeto que cresceu da sua vontade em ajudar outros a concretizarem o seu potencial e foi construído sobre uma carreira de mais de 10 anos como Gestora e Engenheira Aeroespacial.
É esta experiência que, aliada à formação como Coach e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, permite entender os desafios profissionais atuais e desenhar programa para cada pessoa, equipa ou empresa.